O cristianismo parece estar crescendo a passos largos em nosso país,
porém ao olharmos à nossa volta o que exergamos é um país cada vez mais
conturbado, onde as pessoas se consideram auto-suficientes, e são cada
dia mais egocêntricas. Diante deste cenário, a questão que temos diante
de nós é saber “o que realmente é vida cristã? Como a verdadeira
espiritualidade pode ser vivida no contexto do século XXI, em nossa
sociedade?”
Primeiramente, para desfrutar desta espiritualidade verdadeira a
pessoa precisa ser cristã, isto é, precisa ter recebido a Cristo em
suavida. Não há vida cristã divorciada de Cristo.
O nosso pecado causa separação entre nós e Deus, e esta separação só
pode ser desfeita por meio da obra consumada de Cristo, sem qualquer
acréscimo de nossa parte. O instrumento para aceitar a obra de Cristo na
cruz é a fé. É acreditar nas promessas específicas de Deus. Após
aceitar isto, temos um novo nascimento espiritual, e, agora será
necessário viver esta vida cristã. E como será esta vida cristã? Não é
uma lista de coisas negativas ( não faça isso, não faça aquilo, etc). De
fato, nós temos ordens negativas, mas nós temos outra assaz positivas;
temos os dez mandamentos, mas também temos a chamada Lei do Amor: o
fato de que devo amar a Deus e devo amar meus semelhantes (que é um
resumo positivo dos dez mandamentos).
É fato que muitas vezes na nossa luta sincera e dedicada diante de
Deus, descobrimos que já estamos observando muitas destas leis, mas por
outro lado, também nos furtamos ao cumprimento de outras igualmente
importantes, de modo que sempre estamos a tropeçar.
O apóstolo Paulo ao analisar a proibição a cobiça, que é o clímax dos
dez mandamentos ( Êx 20.17), se sentiu e se reconheceu pecador. Isso
não é difícil de se imaginar à medida que lembramos que a cobiça é algo
interno e quebramos este mandamento antes de quebrar qualquer outro. A
cobiça é desejo pecaminoso. É o desejo que deixa de incluir o amor para
com Deus e os homens. Precisamos amar a Deus o bastante para estarmos
contentes e satisfeitos e devemos amar os homens o bastante para não
termos inveja.
Nesse sentido, é correto dizer que o pecado interior é o principal,
pois o ato pecaminoso exterior é o resultado daquele que já ocorreu
antes em nosso coração.
Sendo assim, nesta vida, nunca poderemos dizer: “Estou realizado! Já
sou santo!. Contudo somos confortados e fortalecidos pela certeza de que
Deus faz tudo cooperar para o nosso bem! Não acreditar nisto, é o
início de um rebelar-se contra Deus.
Lembremo-nos sempre do seguinte:
a)É nosso dever buscar o bem do nosso próximo (1Co10.23-24; 13.4-5);
b)A verdadeira espiritualidade é positiva, amar a Deus e amar o próximo;
c) Há sempre uma negativa bíblica, mas há também uma afirmativa depois (Rm 6.4).
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